quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Deixa a desejar..


Quando se pensa em escola associa-se a um ambiente de ensino. Um ambiente com infra-estrutura básica como luz, água, banheiros, carteiras mas, infelizmente, não são todas escolas que dispõem dessas coisas.

O cenário das escolas públicas de hoje ilustra uma realidade de abandono.Cerca de cinco mil escolas não dispõem de luz elétrica, outras duas mil de água potável, os muros e janelas geralmente estão quebrados, faltam carteiras para os alunos, faltam bibliotecas, laboratórios, falta o básico.

Um dos motivos dessa falta de estrutura é a data de construção da maioria das escolas do país, geralmente são prédios construídos nos anos 70 e 80 e que são usados continuamente sem que se faça manutenção.

Embora o Brasil esteja investindo numa maior capacitação dos professores e tenha planos para modernização das escolas através de computadores, enquanto as escolas não tiverem as mínimas condições é um pouco cedo pra pensar em mudanças desse gênero.

Texto postado por: Denise Origuella

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12553

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Não pode faltar!

Já passou o tempo em que ir para uma pré- escola se resumia a passar as tardes pintando desenhos ou brincando de lego; não que isso não seja importante, mas hoje em dia sabe-se que só isso não é suficiente para estimular os vários sentidos das crianças para que elas ampliem sua capacidade cognitiva. Para que isso seja possível as creches e pré- escolas demandam de um planejamento pedagógico adequado.

Dentre as atividades que devem estar presentes nesse planejamento, além de brincar, estão: linguagem oral, movimento, identidade e autonomia, arte e leitura e escrita.

Ainda que brincar, linguagem oral, artes e movimento estejam presentes nas atividades propostas para as crianças de 2 a 6 anos, as outras atividades têm uma faixa etária de maior enfoque. Isso se dá em função dos 3 primeiros anos de vida estarem mais voltados para o desenvolvimento sensitório-motor enquanto que de 4 a 6 anos o pensamento das crianças é mais substitutivo e imitativo.

Para as crianças de até 3 anos, brincar desenvolve a imaginação, a linguagem oral leva ao início da fala, o movimento auxilia no aprendizado de se levantar e andar, a arte aguça os sentidos, a autonomia as auxilia na idependência e a identidade as ajuda a se identificarem em meio aos outros.

Já para as crianças de 4 a 6 anos as brincadeiras estimulam a concentração e o raciocínio, a linguagem oral ensina o planejamento do que se fala, o movimento passa a expressar o que a criança quer, a arte ajuda na formação do pensamento simbólico e a leitura e a escrita ajudam a melhorar a organização do pensamento.

Dada a importância disso basta esperar que todas as creches e pré-escolas consigam ter a estrutura física e pedagógica necessária e que metas como as do Plano Nacional de Educação, que preve para o início de 2011 o atendimento de 50% das crianças de até 3 anos e 80% das crianças de 4 a 6 anos, sejam efetuadas de fato.

Texto postado por: Denise Origuella

(http://revistaescola.abril.uol.com.br/edicoes/0217/aberto/nao-pode-faltar-394861.shtml)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Provinha Brasil

Pela segunda vez neste ano, os alunos matriculados no segundo ano de escolarização terão a oportunidade de participar da Provinha Brasil.
A avaliação é uma iniciativa inaugurada pelo Ministério da Educação (MEC) no primeiro semestre de 2008, que visa oferecer às redes públicas de ensino um instrumento de diagnóstico do nível de alfabetização das crianças com idade entre seis e oito anos de idade.
O teste é aplicado em sala-de-aula pelos próprios professores. A data sugerida para a aplicação desta segunda edição da Provinha Brasil é entre a segunda quinzena de novembro e dezembro de 2008
Nesta edição, a Provinha Brasil seguirá os mesmos moldes do teste aplicado no início do ano. A diferença será que, neste teste, as habilidades medidas terão um grau maior de complexidade, com o intuito de possibilitar que os professores verifiquem os avanços de cada um de seus alunos, no domínio dos códigos e compreensão da leitura e escrita, no período posterior ao diagnóstico realizado por meio do primeiro teste, em abril de 2008.
As redes que não fizeram a aplicação do primeiro teste nas suas escolas podem aplicar este segundo, com o objetivo de avaliar de forma sistematizada em que nível de alfabetização se encontram os alunos concluintes do segundo ano de escolaridade.
Os dados coletados por meio da avaliação podem contribuir com o planejamento pedagógico dos professores que trabalharão com estas crianças no terceiro ano de escolaridade.
Toda a aplicação, correção, análise e utilização dos resultados da avaliação fica sob a responsabilidade direta de cada Secretaria de Educação. Também fica a critério das secretarias realizar a aplicação nas escolas da rede privada sob sua administração.
Em 2009, será implantada também a Provinha Brasil de matemática. Da mesma forma que a provinha de língua portuguesa, a provinha de matemática será para estudantes do segundo ano do ensino fundamental.


(http://provinhabrasil.inep.gov.br/)

(
http://portal.mec.gov.br/seb/index.phpoption=com_content&task=view&id=11530&interna=6)

Texto postado por: Dênis Dertadian

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Aprovação sem conhecimento

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, seiscentos e setenta e quatro municípios brasileiros conseguiram melhorar ou manter seu Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2005 a 2007 única e exclusivamente por causa do aumento nas taxas de aprovação.
Afim de atingir as metas de melhoria da qualidade da educação básica no país os municípios se utilizam de medidas como a aprovação de alunos sem conhecimento necessário para serem aprovados. Isso acaba mascarando os níveis da qualidade das escolas públicas e prejudica a ação do governo na adoção de medidas que melhorem a situação. Os municípios deveriam se conscientizar de que essa medida é prejudicial e pressionar os líderes educacionais a abandonar essa prática. Como você avalia essa atitute e que medidas poderiam ser mais eficazes para medir a qualidade do ensino público?
Texto postado por: Aleksander Juzwiak

sábado, 1 de novembro de 2008

O que se espera da escola pública?

Percebemos que os pais de alunos de escolas públicas não estão satisfeitos com as condições atuais do ensino e também possuem grandes preocupações em relação ao ambiente escolar. Pesquisas como a realizada, são muito importantes para definir as questões que se deve focar na tentativa de melhorar o ensino público brasileiro. Quais questões você considera mais importante? Deixe seu comentário!

Texto postado por: Aleksander Juzwiak

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Creches nos Conjuntos Habitacionais

Foi aprovada hoje (28/10/08), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), uma proposta que tem como objetivo garantir a construção de creches nos conjuntos habitacionais financiados com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e que sejam destinados à população de baixa renda. O projeto de lei é da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
O texto aprovado determina que "a concessão de financiamentos públicos para projetos de construção de conjuntos habitacionais de interesse social de grande porte fica condicionada à inclusão, no projeto urbanístico, de estabelecimento de educação infantil, quando o sistema de ensino público não dispuser de infra-estrutura adequada para absorver a correspondente demanda". O relator defendeu que a lei decorrente do projeto entre em vigor na data de sua publicação. O projeto agora receberá decisão terminativa na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Fonte (
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/10/28/ult105u7178.jhtm)

Observamos uma grande iniciativa por parte do governo para garantir uma melhora na qualidade da educação brasileira. Entretanto, será que projetos como esse fazem alguma diferença? A burocracia e corrupção no processo de implantação de projetos como esse acabam distorcendo seus propósitos e impedem que resultados eficazes sejam atingidos. Portanto é necessária a pressão da população para que o projeto realmente se efetive e não fique somente no papel. Um maior engajamento social e político é fator chave para garantir o desenvolvimento. Mas como conscientizar a população desta necessidade? Eis uma questão que se tornou um grande desafio na sociedade brasileira.
Texto postado por: Aleksander Juzwiak

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Kassab e a Construção do CEU Parelheiros

No último domingo, dia 26 de outubro, houve o segundo turno das eleições para prefeito da cidade de São Paulo. Gilberto Kassab (DEM) obteve 60,72% dos votos válidos contra os 39,18% da candidata do PT Marta Suplicy. Ambos tinham propostas interessantes para a região de Parelheiros, como o tão esperado hospital (o mais próximo localiza-se no Grajaú!). Esperaremos ansiosamente pela divulgação do projeto na gestão Kassab.

Além disso, Kassab enfatizou que, em seu segundo mandato (este sucedeu o cargo de José Serra, que venceu as eleições para governador em 2006) finalizará a construção do CEU Parelheiros, prevista para este semestre, de acordo com o site da Prefeitura da Cidade de São Paulo (http://www.prefeitura.sp.gov.br/).


Os CEUs (Centros Educacionais Unificados) promovem atividades relacionadas a artes, cultura, inclusão digital e esportes para crianças, jovens e adultos. Têm também como objetivos tornar-se pólo de desenvolvimento da comunidade e de inovação educacional. Assim, os CEUs não só intendem partilhar sua gestão com os membros da comunidade como também tornar-se um modelo para as demais escolas da região.

Na foto: Obras do CEU Parelheiros em novembro/2007 (fonte: Blog Parelheiros - Portal das Águas http://parelheirosportaldasaguas.blogspot.com/).
Texto postado por: Marina Lafer

sábado, 25 de outubro de 2008

Educação em Parelheiros

No dia 13 de setembro de 2008, foi realizada, como parte da disciplina de Radiografia do Estado Brasileiro, uma visita de campo à região de Parelheiros e Marsilac na Zona Sul da cidade de São Paulo. O objetivo da visita era participar do Fórum em Defesa da Vida, onde as lideranças locais têm a oportunidade de discutir os problemas que a afetam e realizar propostas para mudanças.
Pudemos perceber que a realidade da região é muito diferente da que estamos acostumados. A situação dos moradores é extremamente precária: as casas à beira da Represa Billings não possuem saneamento adequado, prejudicando o meio ambiente; infra-estrutura de transporte, educação e saúde são paupérrimas. Por isso há extrema importância da atuação desses moradores.




Afim de aprofundar nossos conhecimento sobre a questão de educação, nosso grupo conversou com o Sr. Manuel Tertuliano, responsável pelo Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente do Distrito de Marsilac. Segundo Tertuliano, a região de Parelheiros apresenta sérios problemas relacionados à educação. O bairro possui 107 escolas, sendo que recentemente duas escolas foram fechadas por falta de verbas, causando a indignação dos moradores. Elas são administradas pela Diretoria Sul-3 de Ensino da Capital, de acordo com o Parecer nº 235, de 2007, da Comissão de Educação, sobre o Processo RGL nº 9719, de 2007, esta administrando escolas num raio de até 40 km dela. O número de escolas não comporta a necessidade da população local, uma vez que a região possui uma população de aproximadamente 200.000 habitantes. Além disso, a localidade das escolas é muito ruim para a maioria das famílias, que muitas vezes não conseguem manter seus filhos nas escolas por não poderem pagar a condução. Para solucionar o problema, pessoas constroem escolas de 1º grau e creches dentro das favelas, no fundo das casas, o que foi muito visível durante o passeio pelo local. Além disso, há outros projetos para melhorar a infra-estrutura do ensino e também para reduzir a lentidão e burocracia da administração.
Verificamos que há vários pontos deficientes no ensino da região. De acordo com o Artigo nº 205 da Constituição Federal Brasileira de 1988, a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, e seu cumprimento é de responsabilidade do poder público podendo, se descumprido, levar até a deposição do chefe executivo (prefeito, governador). Assim, notamos que a participação do Estado é extremamente deficiente e essa situação deve mudar através de pressões de organizações como o Fórum.





Texto postado por: Aleksander Juzwiak e Marina Lafer

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Bem-Vindos

Sejam bem-vindos ao nosso blog,
Somos alunos do curso de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas - EAESP e estamos criando este blog como projeto de discussão dos assuntos relacionados à educação brasileira com enfoque na região de Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. O projeto faz parte da disciplina de Oficina I: Radiografia do Estado Brasileiro, ministrada pelo professor Francisco Fonseca com auxílio de Renê Birocchi.
Disponibilizaremos informativos e abriremos espaço para discussão acerca desta questão polêmica e questionaremos a participação do Estado neste setor.